Brasil, Ilha de Malta

Coincidência ou não, a palavra escória, de acordo com o dicionário Houaiss, quer dizer, no sentido figurado; a parte mais desprezível, Ex.: essa gente é a escória da vida política nacional ,coisa ou indivíduo reles, desprezível, ralé.- (ref.-Ilha. de Malta).

Malta: conjunto ou reunião de pessoas de baixa extração social, escória, ralé; reunião de indivíduos de má fama, de má índole; bando, súcia; grupo de pessoas com atividades ou interesses afins; bando; vida irresponsável, vadia, fama, vadiagem, malandragem.

A etimologia de escória, do grego, skoria, de skor, skatos;” excremento”, e pelo latim, scoria, ae, escórias; fezes de metal, miséria, aflição, daí o “rejeito” das mineradoras, barragens; qualquer coisa que impeça a passagem ou o movimento; obstáculo, obstrução, impedimento .

Muito bem, coincidência ou não, o desastre ecológico ocorrido neste país, em meados de novembro pp., é o retrato, é a visão metafórica da situação do Brasil.

De um lado, a situação politico econômica, um desastre provocado pelos níveis de desentendimento produzidos pelos interesses conflitantes de governantes e de partidos políticos, que não estão comprometidos com a causa nacional, da nação, de seu povo, ou por acinte, ou por adrede, porque corrompidos. Em tese, desde que se prove o contrário, a classe política tem demonstrado à sociedade ou à nação, sua incompetência para solucionar os problemas do país, (estamos falando de governabilidade), incompetentes pela pobre gestão ineficaz, pela utilização de brechas legais, no duplo sentido, na defesa ou no ataque, entre si, produzindo pífios resultados, cujas escoriações se propagam em todo o tecido social. Um governo que assim, governa para si, não é um governo para todos.

Por outro lado, um Brasil mergulhado no mar de lama, aí sim o sentido figurado, naquelas imagens produzidas pela mídia, pela vasta extensão dos danos e prejuízos incalculáveis, a catástrofe bi ecológica, produto de má administração, fiscalização, responsabilidade, visto que, até a O.N.U. (Organização das Nações Unidas), veio a intervir, exigindo atitudes mais enérgicas por parte do governo brasileiro, e inclusive observando “ in loco”, os efeitos nocivos dos fatos.

As barragens, que impedem o progresso, cujas bases são influenciadas pelas ideologias mórbidas, apaixonadas (patológicas), ultrapassadas, do tipo bolivariano, advindas de um passado em que se procurava combater o poder da opressão militar, por intermédio de atos de terrorismo, subversão, assaltos, crimes de todo gênero, afins, cujos atores da época, encontram-se hoje, no centro do poder e conduzem o país ao estado de calamidade, miséria e aflição, por que não literalmente, na lama?

A insignificante simbiose de partidos políticos, os levam mais ao erro do que ao acerto, e o resultado, além de outros, é a fome e a doença , que grassam e permeiam entre a população, agora do Nordeste, mas fatalmente em todo o país, pela falta de previsão, planejamento, gestão, por parte de quem?

Pelos frutos se dá o conhecimento sobre a árvore !

A impressão que fica é que estão cegos e surdos pelo poder, surdos quando não ouvem o clamor popular e cegos porque não agem como gestores da coisa pública, de maneira imparcial, escorreita, dentro da legalidade, da equidade, e pelos princípios que regem a Administração Pública, pelo Direito Administrativo e pela Constituição, mas pendem à corrupção. O interessante é que são remunerados a partir dos impostos que nós pagamos, isto é, são nossos representantes que devem cuidar de nossos interesses, e não somente do interesse deles, neste sentido, o funcionalismo público tem sua existência do povo, pelo povo e para o povo.

Corrompida a democracia, impera a demagogia. ( poder de natureza tirânica ou imoral exercido em nome das multidões; ação que se utiliza do apoio popular para conquista ambiciosa ou corrupta de poder; o discurso usado. Para esta finalidade; ação ou discurso que simula virtude com objetivos escusos).

Coincidência ou não, perdem o País e a Nação!

Mauro Newton Vieira – Consultor Jurídico SCS