Os ex-deputados estauais - Prefeito de São Bernardo, Orlando Morando e Prefeito de Mauá, Átila Jacomussi, aliados do atual Governador Alckmin, abrem espaços para novos candidatos na região principalmente de São Caetano.

Pré-candidaturas a deputado aquecem os bastidores políticos do Grande ABC

São Caetano sai na frente na disputa que envolve vários ex-candidatos da última eleição municipal.

As próximas eleições serão em outubro de 2018, mas as articulações e discussões já acontecem entre os políticos, mesmo sendo cedo para definições de nomes, no entanto as especulações são provocadas para testar os nomes dos potenciais candidatos, os possíveis apoios e coligações partidárias.

No Congresso Nacional o tema da reforma política está na ordem do dia, a qual precisa ser aprovada um ano antes das eleições para entrar em vigor; assim como as eventuais atualizações de normas na Justiça Eleitoral, ou seja, o regramento das próximas eleições ainda está sendo definido.

Mesmo estando relativamente distante, o processo eleitoral é assunto contínuo de interesse público e nós do Movimento Voto Consciente temos a responsabilidade de manter os eleitores atualizados, bem informados e conscientes.

Grande ABC

Existe uma imensa lacuna de representatividade do Grande ABC no Congresso Nacional e isso precisa mudar, pois a região possui mais de 2 milhões de eleitores e, pasmem, somente 2 políticos em Brasília.

Os dois representantes do Grande ABC na Câmara Federal, Alex Manente (PPS) e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), tendem a concorrer a reeleição nas próximas eleições; assim como algumas dezenas de pré-candidatos das sete cidades estão se preparando para formalizarem suas candidaturas a Câmara dos Deputados e até mesmo ao Senado Federal.

Já na Assembleia Legislativa de São Paulo, o Grande ABC está pior do que em Brasília no que diz respeito ao número de representações, ou seja, completamente órfão de parlamentares, desde que os deputados Orlando Morando (PSDB) e Átila Jacomussi (PSB) foram eleitos, respectivamente, prefeito de São Bernardo do Campo e Mauá, as sete cidades não tem deputados estaduais; acirrando a disputa pelo espaço a ser conquistado pelos futuros candidatos da região.

O fato do Grande ABC não ter um único deputado estadual é uma grande perda para a população regional, pois os mais de 2,7 milhões de moradores das sete cidades ficam sem representantes políticos comprometidos com a defesa dos principais projetos públicos que poderiam ser desenvolvidos nos municípios, gerando investimentos para promoção de mais empregos, segurança pública, saúde, educação, infraestrutura pública, mobilidade urbana, e vários outras necessidades dos moradores.

São Caetano

Em São Caetano os holofotes estão em cima das novas gerações que vem conquistando espaços no poder a cada dia, o trio Beto Vidoski (PSDB), Fábio Palácio (PR) e Pio Mielo (PMDB) se destacam com desenvoltura na cidade e não escondem as pretensões de conquistar uma cadeira como deputados, sejam em Brasília ou no Palácio 9 de Julho.

Vidoski tem, em tese, a máquina municipal nas mãos, seja com status de vice-prefeito ou atuando como Secretário de Esportes, tendo, no espaço recente que construiu como presidente municipal do PSDB, o cacife de ser um forte candidato a deputado; porém precisará do apoio incondicional do prefeito Auricchio para avançar e obter êxito nesse projeto. Competem com discrição pelo apoio do Palácio da Cerâmica os vereadores Marcel Munhoz (PPS) e Edison Parra (PHS), os quais estão preparados para a corrida eleitoral; porém outros nomes da base aliada auricchista ainda podem surgir como pré-candidatos a deputado, visto que bons perfis não faltam, como o do vereador Tite Campanella (PPS), atual líder de governo na Câmara.

Fábio Palácio, ex-vereador e ex-prefeiturável, atual secretário executivo do Consórcio Intermunicipal de Prefeitos, é um potencial pré-candidato a deputado e contaria de forma discreta, porém enérgica nos bastidores, com o prestígio do apoio de Orlando Morando (PSDB), ex-deputado estadual, atual prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do Consórcio de Prefeitos. Fábio foi muito bem votado nas últimas eleições municipais concorrendo a prefeito, com 19.291 votos, destacando-se como terceiro colocado. Um tipo de eleição onde a derrota pode ser contabilizada como uma vitória política. Mesmo sendo oposição ao atual governo em São Caetano, Fábio tem um grupo articulado e em ascensão na cidade, e seu partido conseguiu eleger dois vereadores, o advogado Cesar Oliva e Ubiratan Figueiredo (PR) e, membros do grupo oposicionista conhecido como G10, ou seja, os dez vereadores independentes que não estão na base aliada do governo municipal.

Pio Mielo é outro nome que vem ganhando notoriedade política, indicado pelo Voto Consciente como um dos vereadores mais atuantes de São Caetano, é a grande surpresa para as próximas eleições como possível pré-candidato a deputado. Pio foi conduzido ao segundo mandato como o segundo vereador mais votado na cidade, e na sequência, eleito presidente da Câmara Municipal, se destacando pela sua capacidade de diálogo e transparência, vem conquistando espaço no poder a cada dia. É o líder do grupo de vereadores conhecido como G10, os dez parlamentares que de forma independente se articulam para manter a maioria na Casa de Leis. Contaria com apoio dos líderes dos diretórios nacional, estadual e municipal do PMDB para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados.

Velha Guarda

Já os políticos mais experientes de São Caetano, com vários anos de mandatos no parlamento municipal, não escondem suas pretensões de saírem candidatos a deputado, como Gilberto Costa (PEN) e Jorge Salgado (PTB). São, por exemplo, dois nomes que “já estão nas ruas” trabalhando para obterem apoio político e popular, estudando a concretização de suas possíveis candidaturas.

Reflexos nas eleições municipais em 2020

Evidente que candidatos que competem ao pleito estadual e sobretudo aqueles que são bem votados ou vencem as eleições, levam vantagem nas futuras eleições municipais, sobre aqueles que não se movimentam; portanto, as eleições de outubro de 2018 terão um reflexo direto sobre as eleições municipais de 2020.

O poder político dos grupos de candidatos que conquistam um mandato, seja na Câmara dos Deputados, Senado Federal ou na Assembleia Legislativa, sem esquecermos o governo do Estado, faz crescer e as chances de conquistarem o comando das prefeituras municipais.

O jogo político já começou e as pré-candidaturas indicam os grupos que desejam conquistar o comando das cidades no futuro.

Ao eleitor consciente é importante ir analisando com -atenção essa movimentação para decidir seu apoio e voto nos candidatos que estejam realmente preparados para representa-lo para defender as grandes demandas que as cidades do Grande ABC necessitam.

Vote consciente!