Carta de intenções foi trocada entre a Prefeitura e o consulado-geral do país do Oriente Médio, durante cerimônia no saguão do Teatro Municipal
O Executivo de Santo André trocou na última terça-feira à noite (16), no saguão do Teatro Municipal, carta de intenções com o consulado-geral de Israel, localizado em São Paulo. O protocolo, até então inédito na cidade, abrirá portas para intercâmbio de conhecimento e troca de experiências, além de cooperação técnica em diversas áreas, entre elas, desenvolvimento econômico e social, ciência e cultura.
Para o prefeito Carlos Grana, trata-se de momento histórico para o município. “Primeiro, é o reconhecimento da cidade à comunidade judaica, principalmente em nosso governo que pratica uma cultura de paz”, apontou. Em Santo André, vivem hoje, pelo menos, 100 famílias israelitas, além de abrigar uma sinagoga.
O outro objetivo, segundo o gestor, é o estabelecimento de intercâmbio entre Israel e Santo André, que tem na figura de João Ramalho, imigrante judeu e fundador da cidade então batizada como vila de Santo André da Borda do Campo há 461 anos. “Temos mão de obra e potencial no município para investimentos”, afirmou Grana.
O que foi compartilhado pelo cônsul de Israel em São Paulo, Yoel Barnea, que adiantou o interesse em projetos de pesquisa, mas sem adiantar detalhes. O próprio chefe do Executivo frisou ainda ser “prematuro” apontar futuras parcerias para o próximo ano. “Firmamos um protocolo de intenções que resultará em ações concretas”, completou.
MONUMENTO – Além do ato formal, outro marco que selou a união entre Santo André e Israel ficou por conta da entrega do ‘Monumento de Luz’ como símbolo da amizade, localizado na Rua Delfim Moreira – em frente ao IESA (Instituto de Ensino Superior de Santo André) e próximo ao Paço. “É um forma de estreitarmos os laços”, afirmou Bernardo Rojz, presidente da Arisa (Associação Religiosa Israelita de Santo André).
Meio atentos à fala do tio-presidente e próximos ao ‘Monumento de Luz – Aliança Santo André-Israel’, ali, estavam os irmãos João, 9 anos, e Antônio Rojz Pereira, 7 anos, que vieram especialmente de São Paulo para a cerimônia em território andreense. E como manda a tradição judaica: com kipás de veludo azul marinho com bordado como símbolo da religião. Após o ato, os convidados e autoridades retornaram ao Teatro Municipal em caminhada.
A noite foi fechada com apresentação de grupo de dança e música com o coral Kadosh, de Santo André, além de visitação à exposição de fotos históricas e que ficará aberta até o próximo dia 23, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, no saguão do Teatro Municipal. No início de 2015, a mostra migrará para o Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa, no Centro.