Cesta básica segue estável no ABC

Conjunto de 34 itens voltou a apresentar mínima variação em relação ao levantamento anterior -0,22% de alta; diferenças mais acentuadas foram da batata e do tomate

Levantamento semanal elaborado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) verificou que enquanto na semana passada o conjunto de 34 itens era encontrado na região do Grande ABC com preço médio de R$ 437,32, no levantamento desta semana o custo é de R$ 438,28, ou seja, acréscimo de apenas R$ 0,96 para bolso dos consumidores. Os destaques ficaram por conta do preço dos quilos da batata, que teve papel negativo ao registrar alta de 30,83%; o tomate seguiu caminho inverso, com queda de 17,69%.


Fazendo uma análise ao longo do ano, enquanto os valores do leite e do feijão carioca estão, relativamente, baratos se comparados aos do ano passado – encontrados nesta semana a R$ 2,28 e R$ 2,39, respectivamente, o custo do pãozinho e da banana, tradicionalmente alimentos associados a um custo mais baixo – disponíveis neste levantamento com preços médios entre R$ 8,17 e R$ 2,81, estão bem mais caros que nos anos anteriores.

“No caso dos dois primeiros itens, isso se deve, exclusivamente, a oferta abundante, uma vez que estes alimentos apresentam um consumo pouco elástico, ou seja, ninguém compra mais leite ou feijão quando há mais dinheiro circulando e também não deixam de consumí-los em momentos de restrição orçamentária”, explica o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela pesquisa, Fábio Vezzá de Benedetto.

Já em relação ao pãozinho, a valorização anterior no preço do trigo – registrado a partir do ano passado, apesar de uma maior oferta neste momento, com preços em queda no cenário mundial, não foi suficiente para refletir na queda de preços para o consumidor.

No caso da banana, Vezzá ressalta que, devido ao período de estiagem neste ano, os custos de produção em alta foram em função de problemas ocasionados durante o cultivo da fruta, aliados ao crescimento do consumo e incremento de compras como alimentação escolar, por exemplo, que fizeram com que houvesse uma valorização do produto.