Consórcio Intermunicipal continuará a serviço do PT de Luiz Marinho e Lula?

Sem ter cargo político a partir de 01/2017, Luiz Marinho quer continuar a mandar na entidade através da permanência de funcionários petistas de sua confiança que continuariam a gerir os projetos. Através de manobras impositivas Marinho tenta fazer seu sucessor ao cargo a partir de janeiro de 2017, mas a tendência é o rodízio de cidades.

As sete cidades do Grande ABC têm uma representação digna de uma trama de cinema, órgão que passa despercebido aos olhares da população da região, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC; porém devemos prestar mais atenção a esta entidade, verdadeiro oásis do PT – Partido dos Trabalhadores em meio ao extermínio da sigla na região na última eleição, quando os eleitores deram um basta a sigla que tem como ponta de lança o ex-presidente Lula.

O Consórcio é uma instituição que pode ser considerada o oitavo poder regional, diante do elevado orçamento que manipula, das articulações que promove, das portas que se abrem aos seus dirigentes que são os prefeitos municipais que intercalam no comando e dos projetos que desenham, em tese, para defender os interesses do desenvolvimento regional.

Desde 8 de fevereiro de 2010, a entidade passou a ser o primeiro consórcio multi-setorial de direito público e de natureza autárquica do país; traduzindo em miúdos o Consórcio foi transformado em órgão público para celebrar convênios, sobretudo com verbas da União; uma ação orquestrada pelos petistas que sempre nutriram paixão pelo clube de prefeitos, sobretudo o ex-ministro e atual prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT).

Em seu site na internet, o Consórcio enaltece seu perfil de independência como oitava potência regional, se apresentando como: “A nova constituição jurídica deu poder de execução para a autarquia firmar acordos entre as administrações e abrir processos de licitação para obras em prol dos sete municípios; receber recursos oriundos das esferas federal e estadual, bem como de organismos internacionais, para dar vida aos projetos regionais oriundos dos Grupos de Trabalho do Consórcio”.

Só restanos questionar o que o Consórcio já fez de concreto para o desenvolvimento das sete cidades, a não ser aglutinar membros históricos do PT do Estado e região em sua folha de pagamento que talvez já esteja a beira de 400 funcionários.

O Prefeito de São Bernardo e atual presidente da entidade, Luiz Marinho (PT), não conseguiu fazer o seu sucessor nas eleições, o ex-secretário de serviços urbanos Tarcísio Secoli, descartado na disputa em terceiro lugar no primeiro turno, morrendo na praia da principal cidade do reduto e nascedouro do lulopetismo; todavia investe com habilidade política que lhe é peculiar para manter o domínio sobre o Consórcio, curiosamente e sem disfarces, tentando apoiar o prefeito tucano Gabriel Maranhão de Rio Grande da Serra como seu sucessor na presidência do Consórcio. Seria para tentar reerguer o partido a partir da direção do Consórcio, visto que ele, Marinho tem aspirações políticas para 2018, e quer ter seu nome indicado para o governo do Estado?

Isso mesmo, o PT tenta se infiltrar de forma dissimulada no governo do PSDB na cidade de Rio Grande da Serra, que reelegeu Gabriel Maranhão (PSDB) com 11.080 votos, 45, 47% dos votos válidos.

Um caso a ser estudado por cientistas e analistas políticos para compreensão desses casos raros de infiltração no sistema político; e sem meias palavras um tapa na cara na população eleitora que disse um sonoro não a perpetuação dos petistas no Grande ABC.

A entidade hoje é dirigida pelo representante de São Bernardo, e nada mais justo que o próximo presidente seja o de Santo André, Paulinho Serra, atual prefeito eleito que assume em janeiro e não o indicado também por Marinho – Gabriel Maranhão de Rio Grande da Serra, que não aceitou a proposta e ainda descartou a influência e indicação, mas, indicou para a vaga Orlando Morando de São Ber-nardo, para substituí-lo.

Na atual realidade política da região, o rodízio de cidade para a direção do Consórcio é o mais justo para a boa condução da entidade e seus projetos.

Atualmente o Consórcio agasalha com salários vultosos vários petistas ilustres, como Hamilton Lacerda, portador de um contracheque de R$ 13,9 mil. Sim, ele mesmo, ex-vereador de São Caetano e famoso pelo escândalo nacional dos “aloprados”, absolvido pela Justiça. E a autarquia aguarda verbas milionárias do governo Federal, já aprovado pelo Planalto, como o pacote a ser investido em mobilidade urbana no valor de R$ 2,1 bilhões.

A oitava potência regional do Grande ABC se se permitir continuar como está, tornará um “bunker” petista, como uma casa grande para acolher e dar sobrevida as principais lideranças do PT em nível nacional; tudo sendo armado e executado como linha mestra de um plano político ousado.

Será que a nova composição do poder político partidário regional agora liderado por pre-feitos eleitos do PSDB dará guarida a esta armação?

O Grande ABC é o olho do furacão da crise econômica causada pela administração federal dos petistas, região com enorme índice de desempregos e forte crise empresarial; onde o verdadeiro papel do Consórcio deveria ser o de proteger as sete cidades, criando caminhos e investimentos que sejam capazes de recuperar a atual conjuntura econômica e principalmente, assegurar a qualidade de vida dos mais de 2,7 milhões de habitantes, ávidos pela manutenção de sua qualidade de vida.

O Consórcio Intermunicipal e sua direção não podem passar despercebidos, e merecem a máxima atenção dos novos líderes, principalmente quem assumir neste primeiro momento depois de se banir o petismo de seu meio.